Surpreendendo os torcedores, a diretoria do Foz Cataratas Futsal anunciou nesta quarta-feira (6) a demissão do técnico Roberto Nunes.
Deixa o clube iguaçuense na segunda posição do grupo B, com seis pontos na segunda fase da Série Ouro do Paranaense, tendo todo o segundo turno pela frente e com chances claras de classificação aos playoffs.
Está à frente, por exemplo, do Cascavel.
Foram 11 jogos no comando técnico do Foz Cataratas, sendo 4 vitórias, 2 empates e 5 derrotas. Um aproveitamento de 42% dos pontos disputados.
Roberto Nunes estreou contra o Ampére e seu clube venceu por 1 a 0, fora de casa.
Chegou no meio da primeira fase e depois da estreia vitoriosa, teve alguns momentos delicados, vitórias escapando nos minutos finais, empate em casa com o Clevelândia que quase custou a classificação à próxima fase.
Mas na fase seguinte, Roberto Nunes parecia ter acertado o time.
Num grupo com Ponta Grossa, Cascavel, Umuarama e Ampére, era evidente que a briga iguaçuense pela vaga seria contra o Ampére.
De cinco da chave, avançam quatro.
E começou fazendo o dever de casa, vencendo o Ponta Grossa por 3 a 1 e o Ampére por 4 a 1.
Perdeu onde se imaginava que perderia, em Cascavel e Umuarama.
Os placares não dizem o que foram os jogos.
Na última segunda-feira (4), após a goleada sofrida por 8 a 3 para o Umuarama no Ginásio Amário Vieira da Costa, Roberto Nunes desabafou.
Disse que falta comprometimento de alguns atletas.
Errou ao levar a público um descontentamento de seus jogadores, algo que deveria ser resolvido internamente.
Hoje à tarde, por telefone, disse a este blogueiro que sabia que seus jogadores poderiam render mais, por isso a cobrança mais veemente.
Parecia bastante chateado.
Não é segredo a ninguém no esporte, que jogador quando quer, derruba treinador.
O técnico depende deles em quadra, para os resultados acontecerem. E quando eles não acontecem, é sempre mais fácil mandar um treinador embora, do que um elenco todo.
Se não havia mais clima e sintonia no vestiário entre comissão técnica e jogadores, fica difícil continuar qualquer trabalho que seja.
Agora, não se trata de alguma categoria infantil ou de juniores. É do time adulto que estamos falando, e se jogadores não estão preparados para pressão e cobrança, talvez estejam na profissão errada.
Pode não ter sido o caso do Foz Cataratas, mas jogador que faz corpo mole para derrubar treinador não prejudica apenas um profissional, mas um time ou uma cidade inteira. É preciso ter mais responsabilidade quando se entrada em campo ou quadra.
Se a postura dos jogadores que vestem a camisa de um clube não muda, pode ser o melhor técnico do mundo que não consegue dar jeito.
E mudam as modalidades, mas o pensamento dos dirigentes seguem os mesmos em relação à demissão de treinadores.
Sem uma sequência de trabalho, torna-se quase impossível chegar a um bom resultado.
Nos próximos dias será anunciado o novo técnico do time iguaçuense. E ele terá que começar um trabalho do zero. em um campeonato perto do fim.
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