segunda-feira, 15 de março de 2010

Análises do GP do Barhein de F-1, abertura da temporada


Resultado do GP do Barhein de F-1



Fernando Alonso entrou para o seleto grupo de pilotos que venceram em suas estreias pela Ferrari na Fórmula 1. A lista tem os italianos Luigi Musso e Giancarlo Baghetti, o norte-americano Mario Andretti, o inglês Nigel Mansell e o finlandês Kimi Raikkonen. Destes, apenas Raikkonen foi campeão no mesmo ano, em 2007.


Se depender do piloto espanhol, são grandes as chances dele repetir, em 2010, o mesmo feito e conquistar o terceiro título. Já o brasileiro Felipe Massa teve seu melhor início de temporada. Pela primeira vez subiu ao pódio na primeira corrida do campeonato ao terminar o GP do Barhein em segundo. E o mais importante, provou estar completamente recuperado do acidente sofrido em julho do ano passado, durante os treinos para o GP da Hungria. Não pôde acompanhar o ritmo de Alonso devido a um problema de consumo da Ferrari.


O alemão Sebastian Vettel, da RBR, que largou na pole-position, teve problemas de potência em seu carro e foi ultrapassado pelas duas Ferraris. Como Alonso havia assumido o segundo lugar na largada e não deixou o alemão escapar, levou a melhor ao assumir a liderança na 34ª volta e não saiu mais de lá. O terceiro lugar ficou com Lewis Hamilton, da McLaren. Vettel chegou em quarto. O atual campeão, Jenson Button, terminou em sétimo lugar.


O retorno de Michael Schumacher à F-1, após três anos de aposentadoria, foi discreto. Apenas um sexto lugar, exatamente uma posição atrás de seu companheiro, o também alemão Nico Rosberg. O heptacampeão mundial ainda está se acostumando com sua Mercedes e não será surpresa se o piloto de 41 anos de idade melhorar nas próximas etapas.


Dos brasileiros estreantes, nenhuma surpresa. Pelo contrário, surpresa seria se eles tivessem completado a prova. Mas Lucas di Grassi e Bruno Senna, pilotos das equipes Virgin e Hispania, respectivamente, mostraram que estão guiando equipamentos muito inferiores aos outros carros da categoria e abandonaram a corrida logo no começo. O que, em partes, pode ser considerado um risco aos demais pilotos. Culpa da FIA que proíbe treinos fora das datas estabelecidas na pré-temporada. Assim sendo, a Hispania foi à pista sem ter feito uma quilometragem sequer nos circuitos espanhóis, ao contrário das outras equipes, que andaram mais de dois mil quilômetros em Valência, Jerez de la Frontera e Barcelona.


Rubens Barrichello, não tem muito o que falar. Conseguiu um ponto na primeira corrida com a Williams, mas isso porque a regra mudou e agora até o décimo colocado pontua. Isso mostra que o recordista de provas na F-1 não tem muito o que esperar de bom em 2010.


E a nova regra de proibição de abastecimento, praticamente acabou com as táticas de paradas aos boxes. Eram elas que determinavam o ritmo dos pilotos nos treinos. Agora não. Eles podem treinar com o tanque praticamente vazio - como era nos bons tempos -, mas em compensação saem com o tanque cheio até a boca. As paradas, que antes duravam entre sete e nove segundos, agora duram três ou quatro.


Uma dica do comentarista Luciano Burti, da Rede Globo. Se antes, com o abastecimento, era melhor ficar o máximo na pista para abrir vantagem, parar e voltar na frente; agora o ideal é parar antes, para os novos pneus poderem aquecer mais rápido e ganhar vantagem quando o outro piloto parar. Foi assim que Alonso aumentou a distância que tinha sobre Felipe Massa na corrida.


A próxima etapa da Fórmula 1 será no dia 28 março, no GP da Austrália.
Imagem: www.fórmula1.com

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